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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

João Henrique pode mudar mapa eleitoral



por Fernando Duarte
Fora da campanha política oficialmente, o prefeito João Henrique (PP) pode assumir o papel de fiel da balança no segundo turno das eleições 2012 caso resolva fazer campanha por ACM Neto (DEM) ou por Nelson Pelegrino (PT).
Cortejado no começo da corrida eleitoral e renegado após o acirramento dos ânimos, o progressista do Palácio Thomé de Souza capitaliza, principalmente nas zonas em que tradicionalmente sua avaliação não caiu vertiginosamente, como no subúrbio e nas áreas periféricas, um trunfo para desempatar a disputa entre democratas e petistas.
Não há nada formal. O prefeito João Henrique permanece sem escolher um lado. Segundo interlocutores próximos ao prefeito, ele analisa a situação com cautela e não pretende entrar na disputa antes do que considera “o momento ideal”. Do lado petista, entretanto, as acusações de que existe o apoio velado ao adversário de Pelegrino, via liberação do PTN, aliado de primeira hora do progressista, não cessam. E resultaram nas primeiras batalhas jurídicas da campanha, com as peças “Eu disse sim a João”. Na contramão, o democrata tenta convencer a população que o apoio formal foi dado pelo PP a Pelegrino. Resumo: cada candidatos imputa uma eventual aliança com João Henrique ao adversário – nunca a ele próprio.
Ancorado no tracejo do mapa da disputa eleitoral na capital baiana, com o domínio de ACM Neto nas áreas centrais e menos populares da cidade, e Pelegrino concentrando forças nas zonas periféricas, delineia-se que João Henrique ainda não fez campanha efetiva para qualquer um dos dois na disputa.
Se estivesse com o democrata, como todos os candidatos apostaram na campanha, a expectativa é que Neto fosse melhor nas áreas mais populares e pior nas regiões mais centrais. Estando à margem da disputa, como estratégia de defesa ou não, João Henrique ocupa agora uma posição privilegiada – tanto quanto os partidos que ficaram fora da disputa do segundo turno, especialmente PMDB, PRB, PSC e PSL.
No segundo turno de 2008, o apoio de ACM Neto foi uma das razões apontadas para a vitória do então peemedebista no Palácio Thomé de Souza. Caso opte por retribuir o apoio neste exato momento, João Henrique pode mudar o mapa eleitoral soteropolitano, deslocando votos nas áreas em que o democrata foi menos votado. A dificuldade para ACM Neto seria capitalizar esses votos sem perder o apoio das outras áreas, mais críticas com relação à atual administração da capital.
Esse talvez seja o questionamento que JH está fazendo antes de anunciar o virtual apoio pregado como velado pelos adversários.
Entrando de vez na campanha, o prefeito é o divisor de águas para quem quiser ganhar a disputa pela vaga dele. Resta saber qual dos dois candidatos vai dar o braço a torcer e buscar a popularidade – e a rejeição – escondida pelo manto João Henrique.

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