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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Morre o jornalista Joelmir Beting em São Paulo


Foto: Jornalista Joelmir Beting

Foto: Jornalista Joelmir Beting

Morreu no início da madrugada desta quinta-feira (29) o jornalista Joelmir Betingaos 75 anosEle estava internado desde o dia 22 de outubro no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e, no domingo (25), sofreu um acidente vascular encefálico hemorrágico(AVE). Nesta quarta-feira(28), o hospital Albert Einstein informou que o jornalista estava em coma irreversívelSeu filho, o também jornalista Mauro Betingdivulgou na rede social Facebook o horário da morte do pai, e escreveu: “um minuto de barulho por Joelmir Beting: 21 de dezembro de 1936 - 0h55 de 29 de novembro de 2012”. Mauro estava no arna Rádio Bandeirantes,quando soube da morte do pai.

BlogdoJairOnofre.com.br

Salvador tem 85 homens para cada 100 mulheres


Na faixa etária de 20 a 39 anos, para cada 100 mulheres, há aproximadamente 85 homens na RMS, de acordo com dados de 2011, divulgados nesta quarta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através do Síntese de Indicadores Sociais (SIS). Esta razão de sexo (quantidade de homens para cada 100 mulheres) está abaixo do registrado no Brasil (94,3) e é a menor entre as Regiões Metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, que tiveram os dados mostrados no SIS. Nesta mesma faixa etária, a concorrência deve estar menor na Região Metropolitana de Curitiba, que tem cerca de 96 homens para cada 100 mulheres. 

Bahia Notícias

David diz que apoia Justiniano para presidente da Câmara


Foto: Vereador David Neto (PTN)

Foto: Vereador David Neto (PTN)

Quem surpreendeu no dia de ontem foi o vereador David Neto (PMN), que é ligado ao deputado federal Fernando Torres (PSD),que afirmou ao site Bahia na Política que seu candidato a presidente da mara é o colega Justiniano França (DEM).“Tenho minha ligação com Fernando Torres, mas oque ele precisa é de meu apoio a deputado federal e isso ele temQuanto à presidência da Câmara, Fernando não vai nem se envolverpor isso vou votar em Justiniano”,justificouCotado para compor a chapa, David diz que não vê outro nome com chance de se eleger presidente da Câmara Municipal.

BlogdoJairOnofre.com.br

Vitoriosos em capitais no 1º turno receberam R$ 34,4 mi em doações ocultas

Carlos Madeiro e Flávio Ilha
Do UOL, em Maceió e Porto Alegre


As oito candidaturas vitoriosas em capitais no primeiro turno nas eleições municipais de outubro “esconderam” R$ 34,4 milhões das contribuições que receberam de empresas e de pessoas físicas na prestação de contas apresentada ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O valor aparece nos documentos como doação dos diretórios municipais, estaduais ou nacionais dos partidos – a lei eleitoral permite que isso seja feito. Os recursos representam 62,6 % dos R$ 54,9 milhões arrecadados pelos candidatos que venceram já no dia 7 de outubro.
Das nove capitais que não tiveram segundo turno, apenas o petista Paulo Garcia, eleito em Goiânia, não apresentou prestação de contas no prazo exigido pelo TSE.

Milhões vindos de diretórios

No Rio de Janeiro, onde o prefeito Eduardo Paes (PMDB) se reelegeu com 64% dos votos válidos, a doação da direção nacional da legenda chegou a R$ 15,2 milhões. O PMDB declarou uma arrecadação de R$ 20,9 milhões nas eleições municipais de outubro.
O caso de Boa Vista, no Acre, chama ainda mais a atenção. A candidata Teresa Jucá, também do PMDB, recebeu toda a verba declarada para a campanha – R$ 1,9 milhão – do diretório estadual do partido. Ele obteve 57 mil votos – a capital não tem segundo turno porque o número de eleitores é inferior a 200 mil.
Outras duas capitais do Nordeste também apresentaram candidatos vencedores em primeiro turno que omitiram os doadores.
O prefeito eleito de Aracaju, João Alves (DEM), e o futuro gestor de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), tiveram 85% das doações repassadas por diretórios municipais ou nacionais dos partidos.
O menor índice de doações ocultas entre as nove capitais com eleições encerradas no primeiro turno foi registrado em Palmas. Na capital do Tocantins, o prefeito eleito Carlos Amastha (PP) recebeu apenas 10% dos R$ 4 milhões gastos. O detalhe é que quase 80% do valor da campanha foi doado pelo próprio candidato, que investiu mais de R$ 3 milhões em sua eleição.
Em Porto Alegre, o prefeito José Fortunati (PDT) teve o segundo menor índice de arrecadação “oculta” entre os oito que declararam ao TSE.
Dos R$ 6,9 milhões arrecadados pelo comitê financeiro, R$ 2,5 milhões vieram dos diretórios trabalhistas – um percentual de 36%.
“Não tivemos nenhuma intenção de esconder nossos doadores, não temos problema algum de revelar [os nomes]. Mas muitas empresas doaram ao partido porque não queriam ser assediadas por outras candidaturas”, justificou o coordenador geral da campanha de Fortunati, deputado Vieira da Cunha.
Segundo ele, as empresas não pediram sigilo da doação. Mas como a lei não obriga que os partidos informem a origem dos recursos obtidos na prestação de contas da campanha, os nomes permanecem escondidos. Vieira disse que os dados poderão ser obtidos na prestação de contas anual do PDT. “Somos a favor da transparência, mas a lei não nos obriga a revelar essa informação”, disse.
O comitê de Fortunati, além disso, recebeu três doações depois do dia 7 de outubro. Segundo Vieira da Cunha, para saldar dívidas de campanha. O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Rio Grande do Sul esclareceu que a lei permite captação de recursos financeiros após a eleição apenas para saldar dívidas. A arrecadação, porém, tem de ser no valor exato da dívida declarada.
Fortunati também declarou quatro doações pessoais à sua campanha que somam R$ 193.483,83. A legislação permite que o candidato receba doações via conta bancária, mas o TRE informou que valores altos podem suscitar investigação sobre a origem dos recursos.

'Leitura enviesada da lei'

Para o integrante do MCCE (Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral) e um dos criadores da Lei da Ficha Limpa, o juiz Márlon Reis, as doações ocultas são uma “afronta à democracia”.
“O cidadão, como soberano, tem o direito de saber quem sustenta as campanhas eleitorais com verbas milionárias. Só assim se tem uma ideia dos interesses que estão por trás das candidaturas”, analisa.
Para o juiz, há questionamentos jurídicos sobre a não necessidade de prestar contas.
“A Lei Eleitoral deve ser interpretada em consonância com a Lei de Acesso à Informação, que determina a divulgações dos dados de relevância pública indecentemente de situações. Apesar da tentativa do TSE de assegurar a transparência nas eleições, os partidos se valeram de uma leitura enviesada da lei para assegurar o anonimato aos doadores", afirmou.

Índice usado para reajuste de aluguel tem deflação em novembro, diz FGV


Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) caiu 0,03%.
Preços do arroz, feijão, carnes e legumes subiram menos.

Do G1, em São Paulo

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), conhecido como a inflação do aluguel, porque é utilizado para reajustar a maioria dos contratos imobiliários, apresentou deflação de 0,03% em novembro, divulgou nesta quinta-feira (29) a Fundação Getulio Vargas (FGV). Apesar da queda, em 12 meses, o IGP-M acumula alta de 6,96% e, no ano, de 7,09%.

Em outubro, o índice tinha subido 0,02%. Em novembro de 2011, a alta foi de 0,50%.
Ente os três componentes do IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) apresentou recuo de 0,19% no mês, sobre uma queda de 0,20% em outubro.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) desacelerou no mês, para 0,33%, sobre 0,58% em outubro.

A principal contribuição para o decréscimo partiu do grupo alimentação (1,08% para 0,08%), com destaque para carnes bovinas (3,05% para -1,06%), hortaliças e legumes (-6,34% para -11,98%) e arroz e feijão (6,36% para 1,91%).

Outras três classes de despesa apresentara queda: comunicação (de 0,69% para 0,08%), vestuário (de 0,82% para 0,77%) e despesas diversas (de 0,41% para 0,20%).

Os grupos educação, leitura e recreação (0,18% para 0,50%), transportes (0,21% para 0,25%), saúde e cuidados pessoais (0,48% para 0,50%) e habitação (0,46% para 0,47%) registraram alta

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou leve desaceleração em novembro, para 0,23%, abaixo do resultado de outubro, de 0,24%. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços subiu menos: 0,22%. No mês anterior, a alta fora de 0,49%. O índice que representa o custo da mão de obra, contudo, avançou a 0,24%. No mês anterior, o índice variou 0,01%.

O IGP-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência

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terça-feira, 27 de novembro de 2012

São Paulo é negligente no combate à onda de violência, diz Anistia

BBC
UOL.com


  • Marlene Bergamo/Folhapress
    Protesto "São Paulo Quer Paz" reúne manifestantes no Pátio do Colégio contra a violência
    Protesto "São Paulo Quer Paz" reúne manifestantes no Pátio do Colégio contra a violência
Autoridades de São Paulo estão falhando em garantir a segurança pública e punir abusos a direitos humanos cometidos por agentes do Estado, afirmou a Anistia Internacional em entrevista exclusiva à BBC Brasil. A afirmação ocorre em meio a uma onda de violência que já resultou nas mortes de mais de 90 policiais desde o início do ano e levou o número de vítimas de assassinatos no Estado para 571 só em outubro.

MAPA DO UOL SOBRE HOMICÍDIOS EM SP LEVANTA SUSPEITA SOBRE GRUPOS DE EXTERMÍNIO

  • Cruzamento de dado aponta para "efeito retaliação"
"Condenamos a negligência do Estado em duas questões: garantir segurança pública ampla e respeitosa e assegurar justiça para as vítimas de violações cometidas por agentes do Estado", afirmou Tim Cahill, pesquisador da Anistia Internacional, especialista em assuntos brasileiros.
A Anistia Internacional citou suspeitas de envolvimento de policiais em homicídios motivados por vingança e disse que tais casos não foram investigados adequadamente "durante muitos anos". 
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirmou que vem cumprindo as leis de forma rigorosa, prendendo e expulsando maus policiais em todos os casos de violações. "O Estado não compactua com policiais criminosos", disse a pasta em nota. 
A Anistia Internacional também condenou os ataques contra policiais, mas afirmou que é necessária a criação de um órgão federal independente, com poderes suficientes para investigar violações de direitos humanos no país.

Ciclo de violência

Desde o início deste ano vem se intensificando em São Paulo um conflito entre policiais e a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Segundo analistas e promotores ouvidos pela BBC, ações mais agressivas adotadas pela polícia para enfrentar o PCC provocaram uma forte retaliação do crime organizado, que deixou dezenas de policiais mortos - a maioria atacada no período de folga.
Em um ciclo ascendente de violência, grupos de atiradores não identificados deram início a uma onda de ataques a vítimas em bairros e cidades periféricos de São Paulo. Imediatamente surgiram suspeitas de que tais esquadrões da morte eram formados por policiais e ex-policiais que decidiram agir por conta própria.
O ex-delegado geral de São Paulo chegou a afirmar na semana passada que registros criminais de parte das vítimas dos atentados foi checada em computadores da polícia momentos antes dos assassinatos. Horas depois, ele mudou sua declaração afirmado que tal prática foi um problema "no passado".

Onda de crimes no Estado de São Paulo

Foto 88 de 98 - 20.nov.2012 - Um carro da Polícia Militar capotou na madrugada desta terça-feira (20) na avenida Paulista, no bairro da Bela Vista, em São Paulo, depois de perseguição a suspeitos. Três pessoas ficaram feridas, entre elas um PM Nelson Antoine/Fotoarena
"A Anistia Internacional tem seguido a questão da violência em São Paulo por décadas", disse Cahill à BBC Brasil. "Há muitos anos houve um alto número de mortes cometidas pela polícia que não estão sendo investigadas. Nós acreditamos que isso contribui não só para a corrupção da polícia mas para o próprio envolvimento da polícia em atos criminosos."
Em maio de 2006, o PCC praticamente parou a cidade de São Paulo com uma série de ataques contra forças de segurança pública. A violência na ocasião deixou quase 50 policiais e agentes penitenciários mortos e resultou nos assassinatos de aproximadamente 400 pessoas. 
Cahill afirmou que tanto em 2006 quanto agora há fortes indícios de envolvimento de policiais nas mortes de civis, embora a Anistia não tenha "evidências concretas". "Como em 2006, recentemente há uma grande suspeita de que o aumento notável de homicídios no Estado de São Paulo inclua um envolvimento forte de policiais", afirmou.

Órgão independente

Ele afirmou ainda que é necessário conduzir um processo de investigação independente sobre os casos e criar no país o que chamou de "um instituto nacional de direitos humanos", que seja independente do Estado e tenha o poder de investigar as ações da polícia. Cahill disse que um projeto de lei relacionado a esse assunto tramita no Congresso, mas ele não atenderia totalmente a padrões internacionais de independência.
Afirmou ainda que o país deve abolir a prática de registrar assassinatos cometidos por policiais sob a classificação de "resistência seguida de morte". Esse recurso, disse, serviria apenas para evitar investigações imediatas e ajudaria a acobertar ações de maus policiais.
A Secretaria da Segurança Pública afirmou que embora a Anistia Internacional seja uma organização respeitável, suas declarações à BBC estão "equivocadas". A pasta afirmou que o novo Secretário de Segurança Pública, Fernando Grella, determinou "reforço e atenção prioritária às investigações (dos assassinatos recentes), considerando-se todas as hipóteses nas apurações". 
Ele anunciou uma integração maior entre os diversos setores da polícia e reforços nas forças de seguranças "para garantir a obtenção de resultados satisfatórios à população".

Veja vídeos sobre a onda de violência em São Paulo - 51 vídeos

Policiais estão entre mortos no final de semana em São Paulo
19.nov.2012 - Entre a noite de sexta-feira (16) e o início da noite de domingo (18), 12 pessoas foram mortas na Grande SP. Um PM foi baleado na frente do filho
  • Novo%20secret%E1rio%20promete%20unir%20direitos%20humanos%20e%20a%E7%E3o%20efetiva
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STF fixa penas de Valdemar e mais 5 e deixa a de Jefferson para quarta


Pena do delator do mensalão está entre as três últimas a serem definidas.
Nesta segunda, deputado Valdemar Costa Neto recebeu 7 anos de prisão.

Mariana Oliveira e Nathalia PassarinhoDo G1, em Brasília
O Supremo Tribunal Federal (STF) definiu nesta segunda-feira (26) as penas de cinco parlamentares e ex-parlamentares condenados no julgamento do processo do mensalão, entre eles o deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP), condenado a 7 anos e 10 meses.
O tribunal entendeu que eles receberam dinheiro em troca de apoio político no Congresso durante os primeiros anos de governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O julgamento será retomado nesta quarta (28) para a definição das penas do ex-primeiro-secretário do PTB Emerson Palmieri, de Roberto Jefferson (PTB), delator do mensalão, e o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), condenado por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro.Com isso, o Supremo já estabeleceu as punições a 22 dos 25 condenados na ação penal.
Entre os seis que tiveram penas definidas nesta segunda, somente o ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE) deve cumprir pena em regime fechado, em presídio de segurança média ou máxima. Foi estabelecida pena de 9 anos e 5 meses. Pelo Código Penal, penas superiores a oito anos devem ser cumpridas em regime fechado.
Outros quatro réus - os deputados federais Valdemar Costa Neto e Pedro Henry, além dos ex-deputados Romeu Queiroz (PTB) e Bispo Rodrigues (PL) - devem cumprir a punição em regime semiaberto (no qual o preso pode sair para trabalhar durante o dia), em colônia agrícola ou industrial. Todos receberam penas entre quatro e oito anos de prisão.
Pelo entendimento dos tribunais, se não houver vagas em estabelecimentos de regime semiaberto, o condenado pode ir para o regime aberto (no qual o réu dorme em albergues). Se ainda assim não houver vagas disponíveis, pode ser concedida a liberdade condicional.
O ex-deputado José Borba (PMDB) foi condenado a 2 anos e 6 meses, e a pena será em regime aberto. Durante a discussão, ministros chegaram a discutir se a pena de prisão poderia ser substituída por punição alternativa, como prestação de serviços, mas não ficou nada definido.
Durante as discussões sobre as penas desta segunda, vários defensores pediram redução na pena pelo fato de os clientes terem confessado o recebimento do dinheiro. Os ministros rejeitaramos pedidos porque entenderam que os réus não confessara crime, mas admitiram que receberam ajuda para campanhas eleitorais.
O relator do processo, ministro Joaquim Barbosa, afirmou que somente o delator do mensalão, Roberto Jefferson, que ainda não teve a pena definida, confessou crime.
"Com exceção do Roberto Jefferson, nenhum réu confessou. Todos admitiram o recebimento de somas milionárias, mas deram ao recebimento outra classificação [caixa dois]", disse o relator Joaquim Barbosa.
Outros debates
Além de concluir a fixação das penas, os ministros ainda ajustarão penas e multas de acordo com o papel de cada réu condenado no esquema.
Os magistrados ainda precisam deliberar sobre a perda de mandato para os três deputados federais e sobre o pedido de prisão imediata feito pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
Embora o STF tenha a prerrogativa de cassar um mandato, há controvérsia no Congresso sobre como ocorreria o processo. Na visão de alguns parlamentares, entre eles o presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), mesmo que o tribunal condene um deputado à perda do mandato, a Mesa Diretora ou partidos com representatividade no Congresso terão de pedir abertura de processo disciplinar.
Mas ministros do tribunal e o procurador-geral já afirmaram publicamente durante o julgamento que a última palavra sobre a questão será do Supremo.
Até o momento, o STF estabeleceu as penas de 22 dos 25 réus condenados no processo (veja abaixo), mas, segundo ministros, as punições ainda serão ajustadas de acordo com o papel de cada um no esquema.

PENAS FIXADAS PELO STF PARA RÉUS CONDENADOS NO PROCESSO DO MENSALÃO *
Réu
Quem é
Pena de prisão
Multa
"Operador" do mensalão
40 anos, 2 meses e 10 dias
R$ 2,72 milhões
Ex-sócio de Valério
29 anos, 7 meses e 20 dias
R$ 2,533 milhões
Ex-sócio de Valério
25 anos, 11 meses e 20 dias
R$ 2,533 milhões
Ex-funcionária de Valério
12 anos, 7 meses e 20 dias
R$ 374,4 mil
Ex-advogado de Marcos Valério
8 anos e 11 meses
R$ 312 mil
Ex-ministro da Casa Civil
10 anos e 10 meses
R$ 676 mil
Ex-presidente do PT
6 anos e 11 meses
R$ 468 mil
Ex-tesoureiro do PT
8 anos e 11 meses
R$ 325 mil
Ex-presidente do Banco Rural
16 anos e 8 meses
R$ 1,5 milhão
Ex-vice-presidente do Banco Rural
16 anos e 8 meses
R$ 1 milhão
Ex-vice-presidente do Banco Rural
8 anos e 9 meses
R$ 598 mil
Sócio da corretora Bônus Banval
5 anos e 10 meses
R$ 572 mil

Sócio da corretora Bônus Banval
9 anos e 20 dias
R$ 676 mil
Ex-assessor parlamentar do PP
7 anos e 3 meses
R$ 520 mil
Ex-tesoureiro do extinto PL (atual PR)
5 anos
R$ 260 mil
Ex-diretor do Banco do Brasil
12 anos e 7 meses
R$ 1,316 milhão
Ex-deputado federal do PMDB
2 anos e 6 meses
R$ 360 mil
Ex-deputado federal do extindo PL
6 anos e 3 meses
R$ 696 mil
Ex-deputado federal do PTB
6 anos e 6 meses
R$ 828 mil
Deputado federal do PR (ex-PL)
7 anos e 10 meses
R$ 1,08 milhão
Deputado federal pelo PP
7 anos e 2 meses
R$ 932 mil
Ex-deputado pelo PP
9 anos e 5 meses
R$ 1,132 milhão
As penas e multas ainda podem sofrer ajustes, para mais ou para menos, até o final do julgamento.
Veja abaixo a relação de todos os condenados e absolvidos e as acusações a cada um:
RÉUS CONDENADOS
- Bispo Rodrigues (lavagem de dinheiro e corrupção passiva)
- Breno Fishberg (lavagem de dinheiro)
- Cristiano Paz (corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha)
- Delúbio Soares (corrupção ativa e formação de quadrilha)
- Emerson Palmieri (lavagem de dinheiro e corrupção passiva)
- Enivaldo Quadrado (formação de quadrilha e lavagem de dinheiro)
- Henrique Pizzolatto (corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro)
- Jacinto Lamas (lavagem de dinheiro e corrupção passiva)
- João Cláudio Genu (formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção passiva)
- João Paulo Cunha (corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro)
- José Borba (corrupção passiva)
- José Dirceu (corrupção ativa e formação de quadrilha)
- José Genoino (corrupção ativa e formação de quadrilha)
- José Roberto Salgado (gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, formação de quadrilha)
- Kátia Rabello (gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, formação de quadrilha)
- Marcos Valério (Corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e formação de quadrilha)
- Pedro Corrêa (formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção passiva)
- Pedro Henry (lavagem de dinheiro e corrupção passiva)
- Ramon Hollerbach (corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e formação de quadrilha)
- Roberto Jefferson (lavagem de dinheiro e corrupção passiva)
- Rogério Tolentino (lavagem de dinheiro, corrupção ativa, formação de quadrilha)
- Romeu Queiroz (lavagem de dinheiro e corrupção passiva)
- Simone Vasconcelos (lavagem de dinheiro, corrupção ativa, evasão de divisas, formação de quadrilha)
- Valdemar Costa Neto (lavagem de dinheiro e corrupção passiva)
- Vinícius Samarane (gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro)
RÉUS ABSOLVIDOSABSOLVIÇÕES PARCIAIS (réus que foram condenados em outros crimes)
- Breno Fischberg (formação de quadrilha)
- Cristiano Paz (evasão de divisas)
- Jacinto Lamas (formação de quadrilha)
- João Paulo Cunha (peculato)
- José Borba (lavagem de dinheiro)
- Pedro Henry (formação de quadrilha)
- Valdemar Costa Neto (formação de quadrilha)
- Vinícius Samarane (formação de quadrilha e evasão de divisas)
- Anderson Adauto (corrupção ativa e lavagem de dinheiro)
- Anita Leocádia (lavagem de dinheiro)
- Antônio Lamas (lavagem de dinheiro e formação de quadrilha)
- Ayanna Tenório (gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e formação de quadrilha)
- Duda Mendonça (lavagem de dinheiro e evasão de divisas)
- Geiza Dias (lavagem de dinheiro, evasão de divisas e formação de quadrilha)
- João Magno (lavagem de dinheiro)
- José Luiz Alves (lavagem de dinheiro)
- Luiz Gushiken (peculato)
- Paulo Rocha (lavagem de dinheiro)
- Professor Luizinho (lavagem de dinheiro)
- Zilmar Fernandes (lavagem de dinheiro e evasão de divisas)