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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Mercadante liga para jovem do MS que teve bebê durante Enem 2012 e a deixa fazer nova prova

Fernanda Calgaro
Do UOL, em Brasília*


  • Pâmela de Oliveira Lescano, 17, entrou em trabalho de parto antes do início da prova do Enem 2012
    Pâmela de Oliveira Lescano, 17, entrou em trabalho de parto antes do início da prova do Enem 2012
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, ligou neste domingo (4) para a adolescente de 17 anos que deu à luz pouco antes do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2012 e a autorizou a refazer a prova nos dias 4 e 5 de dezembro, quando o exame será aplicado em unidades prisionais e socioeducativas.
O fato aconteceu em Sidrolândia, cidade distante 60 km de Campo Grande (MS). A adolescente entrou na sala de prova por volta das 11h para fazer o exame que começaria ao meio-dia (13h em Brasília). Quinze minutos depois, ela passou mal e pediu para ir ao banheiro.
Já em trabalho de parto, ela foi socorrida por uma auxiliar de enfermagem que atuava na fiscalização do exame. Ali ela teve o bebê. Em seguida, a estudante foi levada para o hospital da cidade. Mãe e filho passam bem.
A garota e seus familiares, moradores de um assentamento rural perto de Sidrolândia, disseram no hospital que não sabiam da gravidez. A adolescente não comentou que curso gostaria de completar caso fosse bem no exame.
A assessoria do MEC informou que o edital do Enem prevê que, em casos de acidente ou mal súbito, por exemplo, no dia oficial do exame, o candidato tem a chance de fazer as provas depois, na mesma data em que são aplicadas nos presídios. No ano passado, ainda segundo a assessoria, um estudante que foi atingido por um ventilador quando fazia a prova também pôde fazer o exame depois. 

Enem 2012 pelo Brasil

Foto 1 de 200 - O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, durante entrevista coletiva em que apresenta balanço das provas do Enem 2012 Wilson Dias/Agência Brasil
Anis Kfouri Júnior, presidente da comissão de defesa da cidadania da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil), considera a decisão do ministro acertada por ser um motivo de "força maior".
"É um caso alheio em que nem o candidato tem culpa, nem um terceiro e nem teria como ser previsto", explica Kfouri. "Me parece acertada a decisão no caso de trabalho de parto dentro do local de prova".
Kfouri adiciona que o caso abre um precedente importante para outros candidatos fazerem pedidos de reconsideração caso tenham tido problemas análogos "como um acidente ou enchente", exemplifica.  
(*Com informações de Celso Bejarano, em Campo Grande, e Cristiane Capuchinho, em São Paulo)

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