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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Cachoeira diz que povo de Goiás 'vai ter orgulho' dele

FERNANDO MELLO
ANDRE BORGES
ENVIADOS ESPECIAS A GOIÂNIA


Em sua primeira declaração após a soltura, o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, disse: "o povo de Goiás vai ter orgulho de mim. Pode ter certeza disso."
O empresário se pronunciou ao chegar em Anápolis (GO). Ele estava em Goiânia desde a sua soltura e foi proibido pela Justiça de deixar a cidade, mas recebeu autorização para visitar o túmulo da mãe que fica em Anápolis. "É muito difícil para mim esse momento", disse."Perdi minha mãe, estava preso."
Cachoeira disse ter perdido 13kg na prisão. "Nove meses segregado, preso. Em uma tese maliciosa da Procuradoria", afirmou.
Após quase nove meses preso, o empresário deixou às 00h05 desta quarta-feira (21) o complexo penitenciário da Papuda, em Brasília.
Andre Borges/Folhapress
Carlinhos Cachoeira ao deixar a prisão em Brasília
Carlinhos Cachoeira ao deixar a prisão em Brasília
Menos de 24 horas após a soltura de Cachoeira, o Ministério Público Federal em Goiás fez novo pedido de prisão preventiva do empresário. A Procuradoria apresentou nova denúncia à Justiça contra ele e mais 16 pessoas.
Além de Cachoeira, o Ministério Público pede prisão de mais cinco pessoas --entre elas Lenine Araújo, apontado como braço-direito de Cachoeira. A Justiça ainda não julgou o pedido de prisão, mas já determinou o recolhimento de passaportes de Cachoeira e proibiu sua ida ao exterior.
A denúncia foi apresentada no dia 14 de novembro e trata do crime de depósito e exploração comercial de caça-níqueis compostas por equipamentos eletrônicos contrabandeados. Assim como a primeira, a nova denúncia é fruto da operação Monte Carlo, da Polícia Federal --deflagrada em fevereiro e que levou Cachoeira à prisão.

Caras e Bocas do Cachoeira

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Sergio Lima/Folhapress
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"Não falarei nada aqui", afirma Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira em audiência da CPI no Congresso
ENTENDA
Cachoeira, é o principal personagem de um esquema de corrupção que resultou na cassação de um senador e na criação de uma CPI no Congresso.
Ele foi preso em fevereiro deste ano durante a operação Monte Carlo, da Polícia Federal --situação em que se encontra desde então. A operação desarticulou organização que explorava máquinas de caça-níqueis no Estado de Goiás. Entre os servidores públicos envolvidos estavam dois policiais federais, um policial rodoviário federal e um servidor da Justiça estadual goiana. Todos recebiam propina mensal ou semanal para trabalhar em prol da organização.
Segundo as investigações da PF e do Ministério Público, Cachoeira tinha pessoas de sua confiança em postos-chave dos governos de Goiás e do Distrito Federal, além de influência em órgãos federais, como a Anvisa.
Escutas telefônicas da PF mostraram ainda que o empresário tinha influência sobre políticos que defendiam os interesses de seu grupo no Congresso e nos governos estaduais. A relação que mais ganhou destaque foi a com Demóstenes Torres (GO). Então senador pelo DEM, ele foi expulso do partido e teve o cargo cassado.
Na esteira das investigações, o Congresso decidiu em abril criar uma CPI para investigar a ligação de Cachoeira com políticos e empresas privadas. O relator da CPI, o deputado Odair Cunha (PT-MG), ainda não entregou o relatório final.
Editoria de Arte/Folhapress

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